Neste momento delicado pelo qual passa todo o planeta, é essencial um posicionamento da ABIPLAST – Associação Brasileira da Indústria do Plástico –, pontuando de maneira séria, transparente e franca os enormes desafios que temos diante de todos nós (sociedade, lideranças, empresários e autoridades brasileiras).

A questão humanitária deve vir em primeiro lugar. Evitar a disseminação generalizada da Covid-19 no país deve ser o objetivo principal. Para tanto, é preciso seguir as orientações de especialistas da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Ministério da Saúde do Brasil, que indicam o isolamento como a melhor forma para restringir a contaminação no menor espaço de tempo.

Com relação ao enfrentamento da pandemia, a ABIPLAST tem orientado o setor para preservar e proteger a saúde e o emprego dos mais de 325 mil funcionários diretos e familiares das 12 mil empresas associadas. Promovemos e difundimos informações e orientações de acordo com os protocolos de saúde e de segurança alinhados às recomendações da OMS.

Nosso segundo desafio é na economia. Os efeitos já se mostram na realidade, causam duros impactos, e as projeções são nebulosas. Em relação ao setor plástico, a expectativa no momento é de desaceleração no nível de contratação e da produção em 2020 em comparação a 2019.

Diante das diversas medidas que estão sendo tomadas a nível federal, estadual e municipal, estamos ainda na busca pela melhor leitura e entendimento sobre como os acontecimentos podem impactar, em números, o desempenho das empresas ao longo do ano.

Nosso compromisso neste cenário extraordinário é mantermos os esforços em continuar a produção de produtos plásticos para atender a economia brasileira, bem como fornecer produtos para o combate à pandemia. Os utensílios médico-hospitalares oriundos da cadeia do plástico são de importância fundamental para promover a assepsia e evitar disseminação de doenças.

São embalagens e artigos de uso único – como descartáveis, equipamento de proteção individual de nível médico, incluindo máscaras, aventais e óculos de proteção, bem como seringas, instrumentos cirúrgicos e componentes, tubos médicos bolsas intravenosas. Diversos produtos em plástico que, quando necessário, são utilizados para a manutenção da nossa saúde – e nem nos damos conta.

Além dos materiais para o combate ao novo coronavírus, a indústria de transformação e reciclagem de material plástico está inserida na cadeia de produtos plásticos que fornece para mais de 95% da matriz industrial brasileira (como embalagens para alimentos, bebidas, produtos de higiene e limpeza, fármacos e aplicações médicas, agropecuária, utilidades domésticas, entre outros).

A indústria de transformados e reciclagem de plásticos está organizada para dar sua contribuição nesse período delicado, aplicando medidas prudentes para evitar a propagação da infecção em nossos locais de trabalho, mas mantendo a produção. Seguiremos operando para que não faltem produtos em áreas essenciais que o Brasil precisa.

Por fim, é urgente a união de todos. Do presidente da República aos representantes dos governos Estaduais e Municipais, Legislativo e Judiciário, passando por médicos, empresários, imprensa, entre outros elos da nossa sociedade. O momento exige que cada um de nós faça a sua parte para contermos o mais breve possível a pandemia. Convergência entre todos os agentes públicos e privados é a premissa para superarmos esta delicada etapa em nossa História.